quinta-feira, 22 de março de 2012

Histórias


Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
• Reconhecimento do suporte (livro) e do gênero, no caso, um texto literário;
• Levantar e confirmar hipóteses sobre o enredo da história, durante a leitura;
• Construir compreensão global da história;
• Avaliar afetivamente o texto realizando extrapolações.
Duração das atividades
1 aula (30 minutos)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
• Disposição para a escuta de histórias
Os alunos devem conhecer a estrutura geral de contos. Caso contrário o professor deverá apresentar para as crianças: como inicia um conto, o meio da trama e a finalização. A estrutura dos contos pode ser quase sempre destacada, antes ou após a leitura da história. Tal destaque auxilia o aprendiz na compreensão do texto lido.
Estratégias e recursos da aula
Atividade 1
Professor organize a turma em roda, criando um ambiente agradável para que as crianças vivenciem com prazer este momento da aula. Utilizar a sombra de uma árvore, o gramado ou o pátio da escola para criar este ambiente. Forrar um cantinho da sala com um tecido ou tapete também ajuda na criação de um ambiente para a “hora do conto”.
Inicie a leitura motivando seus alunos a “entrarem” na história: pergunte se já conhecem a história, o personagem, apresente-o, fale um pouco sobre as suas características etc. Busque levar as crianças a imaginar o que seria uma sopa de pedras, como isso é possível, se alguém já tomou uma sopa dessas, que gosto pode ter, e o que Pedro Malasartes quer conseguir com esta sopa?
Criado este momento de introdução da história é hora de iniciar a leitura. Procure usar variações de sons (alto, baixo, grave, agudo), de acordo com os movimentos do enredo, e de acordo com os recursos que as palavras e expressões do texto podem proporcionar.

A Sopa de Pedra – Pedro Malasartes
Uma vez, Pedro Malazartes, mineiro sanfoneiro, caipira famoso pela sua esperteza, foi chamado para resolver um caso interessante: as crianças de um pé de serra, lugar muito bonito e cheio de hortas e pomares bem cuidados, não queriam comer legumes e verduras de jeito nenhum.
Seus pais resolveram pedir para Pedro Malazartes inventar um jeito de elas comerem.
E Pedro, com seu jeito manso de Jeca, lá se foi. Reuniu a criançada e pitando seu cigarro de palha, perguntou:
- E aí, meninada! Vamos tomar uma sopa?
As crianças viraram a cara, de má vontade, mas perguntaram de que era a sopa.
- Sopa de Pedra! Minha maravilhosa Sopa de Pedra. Vem gente do mundo inteiro provar...
As crianças ficaram com os olhinhos brilhando de curiosidade. E Pedro continuou:
- Mas para tomar a Sopa de Pedra, prá ela ter maior sabor, vocês têm que ajudar a fazer.
Vamos dividir a turma de vocês em três grupos.
O primeiro vai buscar a água do rio e colocar aqui, no meu tacho.
Mas tem que ser a água limpinha, lá mesmo da nascente.
O segundo grupo vai catar as pedras no rio, mas só podem ser redondas.
Oval, triangular ou quadrada não servem.
E o terceiro grupo vai pegar legume e verdura da horta...
Lá se foram as crianças, cantando pelo caminho ao executar as suas tarefas:
Minha sopa de pedra
tem melhor sabor...
Boto legume da horta,
só pra dar cor...
Verdura fresquinha,
um bocadinho só...
Boto água do rio,
prá ficar melhor.
E assim, Pedro foi comandando aquela difícil tarefa...
Quando uma criança trazia uma pedra que não era redonda, redondinha mesmo, Pedro mandava voltar.
E nisso, o tempo ia passando.
As crianças com uma fome!...
Iam e voltavam várias vezes da nascente para encher as cumbuquinhas de água limpa e jogar no tacho de Pedro.
E os legumes cozinhando, misturando as cores...
E Pedro mexendo e cantando...
E as pedras fazendo barulho no fundo.
E o cheirinho estava danado de bom...
Não é que a Sopa de Pedra cheirava bem?
Quando ficou pronta, as crianças tomaram sofregamente a sopa e adoraram!
Um menino, mais esperto, que até parecia filho do Pedro Malazartes, perguntou:
- Pedro, e as pedras?
- Uai, menino!
As pedras são pesadas.
Ficam no fundo, só para dar gostinho...
Professor utilize o recurso de parar a história no meio e pedir que as crianças façam previsões sobre o que poderá acontecer com os personagens, como por exemplo: se as crianças irão ou não tomar essa sopa, que gosto ela terá, se Pedro Malasartes conseguirá o que quer? É importante que as hipóteses levantadas pelas crianças sejam comentadas depois da leitura, ou seja, se as hip óteses se confirmam ou não.
Ao concluir a leitura, aponte o que as crianças descobriram e o que aconteceu de forma diferente do esperado. Discuta também com seus alunos a intenção real de Pedro Malasartes.

Atividade 2
Conclua este momento deixando disponível vários livros para que as crianças tenham contato com as histórias impressas. Se possível, forneça alguns livros com outras histórias do Pedro Malasartes. Participe deste momento de leitura com as crianças, lendo outras histórias para elas ou solicitando que elas leiam para você.
Recursos Complementares
• Traga também para as crianças a história contada por Bia Beltran.
• Sugestão de leitura: As aventuras de Pedro Malasartes – Julio Emilio Braz – Cortez Editora
(Observação: Este livro não contem a história da Sopa de Pedras, mas poderá ser um suporte para apresentar às crianças)
Avaliação
• Ao longo da leitura de história, avaliar a compreensão a partir do levantamento e confirmação, ou não, das previsões realizadas pelas crianças.
• Por meio da apreciação afetiva do texto ouvido (se gostou, comentários, extrapolações) o professor avaliará os aspectos relacionados à compreensão global da história.



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